quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Maria — Mãe dos Adoradores da Eucaristia (Parte II)



II. Se bem a considerarmos, a vida de Maria se resume nesta palavra: adoração, porque a adoração é o serviço de Deus em toda a sua perfeição, abrangendo os deveres da criatura para com o seu Criador.

Nossa Senhora foi a primeira adoradora do Verbo Encarnado, pois Ele já estava em seu seio e ninguém sabia na terra. Oh! como Nosso Senhor foi bem servido no seio de Maria! Jamais encontrou Ele um cibório ou vaso de ouro mais precioso e mais puro do que o seio de sua Mãe. Esta sua adoração lhe era mais agradável do que a de todos os anjos. “O Senhor colocou o seu Tabernáculo no sol”, diz o Salmista, e este é o coração de Maria.

Em Belém, é a primeira a adorar seu divino Filho, reclinado no presépio. Adora-O com o perfeito amor de Virgem Mãe, um amor de dileção, segundo a palavra do Espírito Santo; depois d'Ela, adoram-nO São José, os pastores e os Magos; foi Maria quem abriu este sulco de fogo que se estenderá pelo mundo.

Que coisas sublimes, que palavras divinas não diria Ela, vivendo num estado de amor que não podemos avaliar nem medir!

Maria continua a adorar Nosso Senhor em sua vida oculta de Nazaré; depois, em sua vida pública, e enfim no Calvário, onde sua adoração foi o sofrimento. Considerai a natureza da adoração da Santíssima Virgem; adora Nosso Senhor conforme os seus diversos estados, adaptando sua adoração ao estado de Jesus; mais: o estado de Jesus determina o cará ter
de sua adoração. Maria não permaneceu numa adoração invariável; adorou o Deus aniquilado em seu seio, depois pobre em Belém, trabalhando em Nazaré, e mais tarde evangelizando e convertendo os pecadores; adorou Jesus nos sofrimentos do Calvário, padecendo com Ele; sua adoração acompanhava todos os sentimentos de seu divino Filho, que lhe eram conhecidos e manifestos, e seu amor A fazia entrar em perfeita conformidade de pensamentos e de vida com Ele.

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