Bem vindo ao Apostolado Beata Imelda e Eucaristia!

A nossa intenção é a de divulgar a história da Bem-Aventurada Imelda Lambertini, dominicana, que faleceu aos 11 anos de idade logo após a sua Primeira Comunhão. O conteúdo do blog se restringirá apenas à meditações sobre a vida e exemplo da Beata Imelda Lambertini e também a postagens de textos e escritos dos mais diversos santos que tenham registrado documentos à respeito da Santa Missa e da Santíssima Eucaristia.

"Não sei como as pessoas não morrem de alegria ao receberem Nosso Senhor na Eucaristia!" (Beata Imelda Lambertini).

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Maria — Mãe dos Adoradores da Eucaristia (Parte III)



III. A vós, adoradores, também se recomenda: Adorai sempre Jesus Eucaristia, mas a exemplo da Santíssima Virgem, variai as vossas adorações. Relacionai todos os mistérios com a Eucaristia, fazendo-o reviver nela. Sem isto, caireis na rotina. Se o espírito, de vosso amor não for alimentado de uma forma, de um pensamento novo. haveis de vos sentir lânguidos e áridos na oração. Ê necessário, pois, celebrar todos os mistérios na Eucaristia, como fazia a Santíssima Virgem no Cenáculo.

Nos aniversários dos grandes mistérios que se haviam realizado sob os seus olhos, pensais por acaso que Ela não renovava em si as circunstâncias, as palavras e as graças desses mistérios? Na festa do Natal, por exemplo, julgais que Maria não recordava a seu Filho, então oculto sob os véus eucarísticos, o amor de seu nascimento, seu sorriso, suas adorações, bem como as de São José, dos pastores e dos Magos? Procurava, neste como nos demais mistérios, regozijar o Coração de Jesus, relembrando-Lhe o seu amor.

Que fazemos nós com um amigo? Acaso lhe falamos sempre do presente? Não, de certo; evocamos o passado, fazendo-o reviver. E quando queremos cumprimentar o nosso pai ou a nossa mãe, não lhes recordamos o imenso amor, a dedicação constante e generosa que nos prodigalizaram em nossa infância? Pois bem; da mesma forma, em suas adorações no Cenáculo, a Santíssima Virgem repetia a Jesus tudo o que Ele havia feito para a glória de seu Pai; lembrava-Lhe seus grandes sacrifícios, e assim penetrava na graça da Eucaristia. O Santíssimo Sacramento é o memorial de todos os mistérios e renova-lhes o amor e a graça. Deveis à imitação de Maria, corresponder a esta graça, reavivando as ações de Nosso Senhor, adorando lodos os seus estados, e unindo-vos a eles.

A Santíssima Virgem tinha uma atração tão forte pela Eucaristia, que não lhe era possível separar-se do Santíssimo Sacramento; vivendo, portanto, n'Ele e por Ele. Passava os dias e as noites aos pés de seu divino Filho; porém, sem deixar de se entreter com os Apóstolos e os fiéis que A procuravam; seu ardente amor para com o Deus oculto transluzia então em seu semblante, e comunicava seus ardores a todos que A cercavam.

Ó Maria, ensinai-nos a vida de adoração! Fazei-nos encontrar, como vós, todos os mistérios e todas as graças na Eucaristia; reviver o Evangelho, e ler as suas páginas na vida eucarística de Jesus. Lembrai-vos, ó Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, que sois a Mãe dos adoradores da Eucaristia.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Sobre a Comunhão frequente - Parte 1 - Santo Afonso de Ligório



Disse Santo Afonso Maria de Ligório:


"Com que ardor deseja Jesus Cristo vir a nós pela santa Comunhão!"Desejei ardentemente comer esta páscoa convosco antes de sofrer".Desejei ardentemente, falou ele naquela noite em que instituiu este sacramento de amor.Diz São Lourenço JustinianoO amor que nos tinha o forçou a falar assim.


Para que facilmente cada um pudesse recebê-lo, quis ficar sob as aparências de pão.Se ele tivesse ficado sob a aparência de algum alimento raro, ou de preço elevado, os pobres ficariam privados dele.Mas não, Jesus quis ficar sob as aparências de pão: custa pouco, em toda parte se encontra, todos poderão achá-lo e recebê-lo em qualquer lugar do mundo.


Para que nos animemos a recebê-lo na Sagrada Comunhão ele nos exorta com muitos convites: "Vinde comer o pão e beber o vinho que vos preparei.Comei, amigos e bebei", referindo-se à eucaristia.Impõe-nos ainda como preceito: "Tomai e comei: isto é o meu corpo".Atrai-nos ainda com a promessa do paraíso para que o recebamos: "Quem come a minha carne, tem a vida eterna.Quem come este pão viverá para sempre".Ameaça-nos com o inferno, com a exclusão do céu, se nos recusarmos a comungar: "se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós".Estes convites, promessas e ameaças, nascem todos do grande desejo que ele tem de vir a nós neste Sacramento.


Fonte: http://catolicostradicionais.blogspot.com.br/

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

"Eis o Coração que tanto amou o mundo!" - Parte 2 (final) - S. Pedro Julião Eymard



S. Pedro Julião Eymard

As razões que determinaram a instituição da Festa do Sagrado Coração, e o modo pelo qual Jesus manifestou seu Coração, ensinam-nos que é na Eucaristia que O devemos honrar, pois é aí que O encontramos na plenitude de seu amor.

Foi diante do Santíssimo Sacramento exposto que Santa Margarida recebeu as revelações do Sagrado Coração; foi na Santa Hóstia que Jesus se lhe apresentou com o Coração entre as mãos, dizendo estas adoráveis palavras, o mais eloquente comentário de sua presença eucarística: "Eis o Coração que tanto amou os homens".

E Nosso Senhor, aparecendo à venerável Madre Mectilde, fundadora de um Instituto de Adoradoras, recomendou-lhe que honrasse e amasse com o ardor possível o seu Sagrado Coração no Santíssimo Sacramento, e LhO deu como penhor de seu amor para lhe servir de refúgio durante a vida e consolação na hora da morte.

Ó Jesus, sede a minha luz, minha nuvem luminosa no deserto (cf. Ex 13,21-22; Sl 104,39) desse mundo, meu único Senhor, pois não quero outro! Sede minha única ciência. Fora de Vós, tudo é nada para mim.



S. Pedro Julião Eymard, Flores da Eucaristia

Fonte: http://catolicostradicionais.blogspot.com.br/

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Maria — Mãe dos Adoradores da Eucaristia (Parte II)



II. Se bem a considerarmos, a vida de Maria se resume nesta palavra: adoração, porque a adoração é o serviço de Deus em toda a sua perfeição, abrangendo os deveres da criatura para com o seu Criador, Nossa Senhora foi a primeira adoradora do Verbo Encarnado, pois Ele já estava em seu seio e ninguém sabia na terra. Oh! como Nosso Senhor foi bem servido no seio de Maria! Jamais encontrou Ele um cibório ou vaso de ouro mais precioso e mais puro do que o seio de sua Mãe. Esta sua adoração lhe era mais agradável do que a de todos os anjos. “O Senhor colocou o seu Tabernáculo no sol”, diz o Salmista, e este é o coração de Maria.

Em Belém, é a primeira a adorar seu divino Filho, reclinado no presépio. Adora-O com o perfeito amor de Virgem Mãe, um amor de dileção, segundo a palavra do Espírito Santo; depois d'Ela, adoram-nO São José, os pastores e os Magos; foi Maria quem abriu este sulco de fogo que se estenderá pelo mundo.

Que coisas sublimes, que palavras divinas não diria Ela, vivendo num estado de amor que não podemos avaliar nem medir!

Maria continua a adorar Nosso Senhor em sua vida oculta de Nazaré; depois, em sua vida pública, e enfim no Calvário, onde sua adoração foi o sofrimento. Considerai a natureza da adoração da Santíssima Virgem; adora Nosso Senhor conforme os seus diversos estados, adaptando sua adoração ao estado de Jesus; mais: o estado de Jesus determina o cará ter de sua adoração. Maria não permaneceu numa adoração invariável; adorou o Deus aniquilado em seu seio, depois pobre em Belém, trabalhando em Nazaré, e mais tarde evangelizando e convertendo os pecadores; adorou Jesus nos sofrimentos do Calvário, padecendo com Ele; sua adoração acompanhava todos os sentimentos de seu divino Filho, que lhe eram conhecidos e manifestos, e seu amor A fazia entrar em perfeita conformidade de pensamentos e de vida com Ele.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Santa Gemma Galgani e sua devoção pela Sagrada Eucaristia


Sta. Gemma tinha uma imensa devoção à Sagrada Eucaristia; ela uma vez escreveu ao seu Diretor Espiritual: « Se o Senhor pudesse ver, provar, e se dar conta das boas dádivas que Jesus me dá. Digo, Pai, que não há um minuto em que eu não sinta a Sua doce presença ; Ele Se revela cada vez mais amoroso. 

Hoje na Comunhão, Ele estava quase brincalhão ; Ele disse : « Vê, Gemma, tenho no Meu Coração uma filhinha que eu amo muito, e por quem Eu sou muito amado, (ela) está sempre me pedindo amor e pureza, e Eu que sou o próprio Amor e a própria Pureza, derramei sobre ela tanto desses tesouros quanto é possível a uma criatura humana possuir. 

Sempre preservei a pureza do coração dessa criança como o coração de alguém escolhido pelo próprio Divino Esposo, e eu a preservei como um lírio imaculado do paraíso em Meu puro amor. 


Fonte: http://catolicostradicionais.blogspot.com.br/

A aparição de Cristo celebrando a Missa





Em setembro de 948, o abade de Einsiedeln, Eberhaad, pediu a São Conrado, Bispo de Constância, que se dignasse fazer a consagração da igreja de sua Abadia. O Prelado atendendo a solicitação, dirigiu-se ao Convento, acompanhado do Santo Bispo de Augsbourg, Ulric, e de uma comissão de cavalheiros da sociedade. No dia fixado para a cerimônia, São Conrado e alguns religiosos se dirigiram a igreja, alta noite, e se puseram em oração. De repente, viram que a igreja se iluminara de uma luz celeste e que o próprio Jesus Cristo, acolitado pelos quatro evangelistas, celebrava no altar o oficio da Dedicação. Anjos espargiam perfumes à direita e à esquerda do Divino Pontífice; o apóstolo São Pedro e o Papa São Gregório seguravam as insígnias do pontificado; e diante do altar se achava a Santa Mãe de Deus, circundada de uma auréola de glória. Um coro de anjos, regido por São Miguel, fazia vibrar as abóbadas do templo com seus cantos celestiais. Santo Estêvão e São Lourenço, os mais ilustres mártires diáconos, desempenharam as suas funções. São Conrado refere em uma de suas obras as diversas exclamações dos anjos no canto do Sanctus, do Agnus Dei e do Dominus vobiscum final.

Ao Sanctus, entre outras, diziam eles: “Tende piedade de nós, ó Deus, cuja santidade refulge no santuário da Virgem gloriosa. Bendito seja o Filho de Maria, que vem a esse lugar para reinar eternamente!”

São Conrado, bispo de Constanza, tinha clara noção da imensa gravidade e seriedade de cada Missa. Maravilhado com semelhante aparição, o Bispo continuou a rezar até onze horas do dia. E o povo esperava com ansiedade o início da cerimônia, sem que, no entanto, alguém ousasse indagar a causa dessa demora. Afinal, alguns religiosos se acercam do Prelado e lhe pedem que comece a solenidade. Mas São Conrado, sem deixar o lugar onde rezava, conta com simplicidade tudo o que presenciara e ouvira. Sua narração fez supor que ele estivesse sob a ilusão de um sonho. Finalmente, o santo Bispo, cedendo às instâncias de todos, dispôs-se a proceder a consagração da igreja.

Foi então que aos ouvidos dos fiéis escutaram estas palavras, pronunciadas por uma voz angélica, que repercutiu em toda a assembleia, dizendo mais de uma vez, na linguagem da Igreja: “Cessa, cessa, frater! Capella divinitas consecrata est: detende-vos, detende-vos, meu irmão, a capela já foi divinamente consagrada.”

Pela Missa bem rezada, São Conrado liberou inúmeras almas do Purgatório. Dezessete anos mais tarde, São Contado, Santo Ulrico e outras testemunhas oculares do acontecimento, encontrando-se reunidos em Roma, prestaram acerca dele um solene testemunho. E depois de todas as necessárias informações jurídicas, Leão VIII deu publicidade ao fato por meio de uma bula especial, que foi confirmada pelos papas Inocêncio IV, Martinho V, Nicolau IV, Eugênio VI, Nicolau V, Pio II, Júlio II, Leão X, Pio IV, Gregório XIII, Clemente VII e Urbano VIII. E, a 15 de maio de 1793, Pio VI ratificou os atos de seus predecessores, a despeito dos céticos, sempre prontos a duvidar do que lhes não convém, e cheios de credulidade absurda para com o que os lisonjeia.



(Fonte: MÊS DE NOSSA SENHORA DO SANTISSIMO SACRAMENTO – Pe. Alberto Tesnière, S.S.S. – Tip. Maria Auxilium, S.P. – 1ª edição, 1946, pp. 76 -77)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

"Por toda a parte da Igreja de Cristo se difunde graças a crianças santas"



                                                                                                              de Paolo Mattei

 “O centenário do decreto Quam singulari é uma oportunidade providencial para lembrar e insistir em que as crianças tomem a primeira comunhão tão logo atinjam a idade da razão, que hoje parece até ter-se antecipado. Não é recomendável, portanto, a prática cada vez mais comum de aumentar a idade para a primeira comunhão. Pelo contrário: é preciso antecipá-la ainda mais.” São palavras extraídas de um artigo do cardeal Antonio Llovera Cañizares, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, publicado no L’Osservatore Romano de 8 de agosto de 2010. O artigo do cardeal Cañizares sugeriu-nos o conteúdo da seção “Nova et Vetera” deste mês: é um artigo de Lorenzo Cappelletti de abril de 1998, no qual, entre outras coisas, são reapresentados os oito pontos normativos do decreto Quam singulari, promulgado em 1910 por Pio X. O papa Sarto, que já em 1905, ao publicar o decreto Sacra Tridentina Synodus, tinha convidado todos os fiéis na idade da razão à comunhão frequente – hábito que se enfraquecera fortemente desde a época em que o “contágio do jansenismo” se “espalhou por toda parte” –, com o decreto Quam singulari regulou a admissão das crianças à confissão e à comunhão. 


      Esse mesmo importante documento foi objeto de atenção do cardeal Darío Castrillón Hoyos, então prefeito da Congregação para o Clero, em 2005, por ocasião do Ano da Eucaristia. Numa carta enviada a todos os sacerdotes, o cardeal explicava: “Não são poucos os que, ao lado de São Pio X, estão convictos de que essa prática de levar as crianças a terem acesso à primeira comunhão a partir da idade de sete anos trouxe à Igreja grandes graças. Não nos devemos esquecer, além de tudo, de que na Igreja primitiva o sacramento da eucaristia era administrado aos recém-nascidos, logo depois do batismo, sob a espécie de poucas gotas de vinho. Permitir que as crianças possam receber Jesus eucarístico o mais cedo possível foi, por muitos séculos, um dos pontos firmes da pastoral para os menores na Igreja, costume restaurado por São Pio X em sua época, e louvado por seus sucessores” (cf. 30Dias, nº 1/2, 2005, pp. 16-18). 

      A tendência hoje comum a adiar a admissão à primeira confissão, à crisma e à primeira comunhão talvez constitua o indício mais grave da ainda extensa e ativa presença da heresia de Pelágio, “que tem hoje muito mais seguidores do que pode parecer à primeira vista”, como observou em 1990 o então cardeal Ratzinger no Meeting de Rímini. De fato, o pensamento pelagiano induz a considerar os sacramentos como um prêmio que deve ser concedido a quem tiver realizado um longo percurso de tomada de consciência. Esta é a essência do pelagianismo: conceber a graça como tomada de consciência da verdade e negar o proprium da graça, ou seja, a atração da caridade. O próprio Agostinho, no De gratia Christi et de peccato originali, observa como Pelágio reconhece o dom menor, o ensinamento, o exemplo a seguir para tomar consciência, mas nega o maior, o dom da inspiratio dilectionis, a atração da caridade. Era justamente para essa tendência que alertava o papa Bento XVI, quando, em 2006, lembrava aos sacerdotes da diocese de Albano que “não devemos transformar a crisma numa espécie de ‘pelagianismo’”. 

      Antecipar o máximo possível a idade para a admissão das crianças pequenas à primeira comunhão, e, por conseguinte, aos outros sacramentos, pode ser, de um lado, a reafirmação do primado da graça; e, por outro lado, pode evitar que os pais e as crianças percebam como um pedágio os longos anos de catequese preparatória. Diante da quantidade cada vez maior de adolescentes que se afastam da prática cristã, não seria melhor confiar mais na graça que nos meios humanos? E não seria também melhor esperar que, mesmo que se afastem – o filho mais jovem da parábola evangélica também se afastou –, a memória dos sacramentos continue neles como uma coisa boa, e não como um esforço cansativo semelhante ao pagamento de um pedágio? Na memória do jovem da parábola, a casa do pai, ainda que distante, continuava a ser um lugar bom, ao qual de alguma forma sempre poderia voltar. 

      As palavras de Santo Agostinho podem reconfortar essa esperança: “Quacumque in parvulis sanctis Ecclesia Christi diffunditur / Por toda parte, a Igreja de Cristo se difunde graças a crianças santas” (Enarrationes in psalmos 112, 2). "


( Imagem: Beata Imelda lambertini, padroeira das crianças de I Comunhão )

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Imelda Lambertini nasceu na cidade de Bolonha, Itália, no ano de 1322, num ambiente de muita fé e piedade. Desde tenra idade, assimilou com especial afeição a primorosa educação recebida. Seu amor a Deus, sua conduta incomum no dia a dia chamava muito a atenção dos pais. Era de fato, uma menina muito especial.Os jogos infantis não lhe agradavam como a oração. Costumava esconder-se nos locais mas ocultos da casa para aplicar-se a ela. Sua mãe, sempre a encontrava ajoelhada e rezando, quando sentia falta da filha em casa.
Ao completar 9 anos de idade a menina pede insistentemente para ingressar no Convento das Irmãs dominicanas, porém, a Madre superiora de todas as formas tentou persuadi-la a esperar, pois que a idade ainda não permitia que fosse admitida entre as irmãs do convento.
Como a insitência de Imelda tornou-se constante, a Madre, que conhecia seus pais, indagou se não estava feliz por ter pais maravilhosos e boas condições de vida em casa, tendo ela prontamente respondido que estava sim, muito feliz, que amava sua família, mas que as irmãs tinham algo a mais que lhe atraía muito: "Nosso Senhor".
Era a devoção à Santíssima Eucaristia que verdadeiramente lhe encantava e lhe enchia a alma de amor e devoção. Finalmente, a Madre chamou seus pais e lhes pediu permissão para que Imelda fosse admitida, pelo menos à título de experiência, já que o desejo ardente de ingressar no convento era já notório também para seus pais. Apesar de entristecidos, percebiam que Deus reservara algo de extraordinário para a pequena filha. Por isso, acabaram aceitando a proposta da Reverenda e consagraram-na a Deus.
Consumado seu ingresso, tudo lhe era motivo de encanto, os momentos de oração, o hábito das Irmãs, o silêncio. Era muito amada por elas que tentavam privá-la dos serviços e da rigidez da regra, mas nada adiantava, pois queria acompanhar as irmãs em tudo, participando plenamente e auxiliando nos trabalhos monásticos no convento. A Madre pedia que não a acordassem durante as orações noturnas, mas Imelda levantava-se no meio da noite e percorria os grandes salões do convento, caminhando e rezando silenciosamente as matinas.
A visita ao Tabernáculo fazia sua alma transbordar de alegria. Só a pronúncia de qualquer assunto relacionado a Eucaristia, fazia com que seu rosto se transfigurasse instantaneamente.
Ela desejava ardentemente receber a Santa Comunhão. Nessa época, as crianças não podiam receber a Primeira Comunhão com idade inferior a12 anos. Tal qual sua insistência para ingressar no convento, Imelda pede a graça de receber Jesus, mesmo que não tivesse completado a idade. Pedia isso com fervor tão intenso, que as irmãs comoviam-se pelo desejo que a pequenina nutria em receber o Senhor na Eucaristia. Mas isto ainda não lhe era possível, conforme as normas da Igreja.
Assim, aceitou com resignação os argumentos das Irmãs. Porém, à medida que o tempo passava, crescia mais e mais nela o desejo de receber Jesus Sacramentado. No ano de 1333, tinha ela completado 11 anos de idade quando, depois da Santa Missa, a última freira que saiu da capela observou que a pequena Imelda, como de costume, lá permaneceu sozinha rezando mais um pouco. Só que desta vez, a freira percebeu algo extraordinário:
uma Hóstia flutuava acima dela e lhe projetava uma luz branca. Rapidamente esta irmã chamou as outras monjas e todas prostraram-se diante deste milagre. A Madre, constatando que tratava-se de manifestação real de Deus para que a menina recebesse a Primeira Comunhão, chamou o pároco. Ao chegar com a patena de ouro nas mãos, o padre admirado, dirigiu-se até à Hóstia. Assim que aproximou-se da menina ajoelhada, a Hóstia pousou sobre a patena!. Assim foi-lhe administrada a Primeira Comunhão. Em seguida, vagarosamente Imelda baixou a cabeça em oração.
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Imelda permaneceu assim, diante das irmãs por um tempo demasiadamente longo. Isto fez com que a Madre fosse até ela, que a nada respondia. Tentando levantá-la cuidadosamente pelos ombros, a menina caiu em seus braços, trazendo no rosto uma expressão delicada, de inexplicável alegria. Havia partido para o Céu naquele sublime momento. A alegria de receber Nosso Senhor foi demais para o pequeno coração que ardia pela presença real de Cristo na Eucaristia. Certa vez, Imelda já havia dito às Irmãs: "Eu não sei porque as pessoas que recebem Nosso Senhor não morrem de alegria".
A pequena Imelda Lambertini foi beatificada em 1826 pelo Papa Leão XII, e foi proclamada Patrona das Primeiras Comunhões em 1910 pelo Papa São Pio X. Foi neste ano que foi declarado que as crianças menores de 12 anos poderiam receber a Primeira Comunhão.
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Até hoje, seu pequeno corpo se encontra intacto, depois de mais de 670 anos, numa redoma de cristal, na Igreja de São Sigismondo, em Bolonha.
Fonte: http://www.padremarcelotenorio.com/

"Eis o Coração que tanto amou o mundo!" - Parte 1 - S. Pedro Julião Eymard



S. Pedro Julião Eymard

Ao Coração de Jesus, vivo no Santíssimo Sacramento, honra, louvor, adoração e realeza por todos os séculos dos séculos!
(cf. Ap 5,12-13)

A finalidade da festa do Sagrado Coração é honrar, mais fervorosa e ardentemente, o amor de Jesus Cristo sofrendo e instituindo o Sacramento de seu Corpo e Sangue.

A fim de penetrar no espírito da devoção para com o Coração de Jesus, é mister, portanto, honrar os sofrimentos do Salvador e reparar as ingratidões de que é diariamente saturado na Eucaristia.

Quão profundas foram as dores do Coração de Jesus! Todas as provocações convergiram para Ele. Foi cumulado de humilhações, ferido pelas mais revoltantes calúnias, que procuravam roubar-Lhe a honra; foi saciado de opróbrios e coberto de desprezos. Apesar de tudo isto, porém, ofereceu-se voluntariamente, sem a mais leve queixa. Seu amor foi mais forte que a morte, e as torrentes da desolação não conseguiram arrefecer-lhe o ardor (cf. Ct 86-7).

Essas dores já terminaram, sem dúvida, mas, desde que Jesus as suportou por nós, o nosso reconhecimento deve persistir, e compete ao nosso amor honrá-las como se estivessem presentes aos nossos olhos.

domingo, 18 de novembro de 2012

Santo Agostinho: "Ninguém come esta carne, sem antes a adorar; (...) pecaríamos se não a adorássemos"




Gostaríamos neste dia de recordar algumas esclarecedoras palavras do Doutor da Graça a respeito da adoração da Santíssima Eucaristia propositalmente esquecidas pelos "liturgistas" nos últimos anos, mas felizmente relembradas pelo Santo Padre no n. 66 da Exortação Apostólica Pós-Sinodal Sacramentum Caritatis:

Quando a reforma dava os primeiros passos, aconteceu às vezes não se perceber com suficiente clareza a relação intrínseca entre a Santa Missa e a adoração do Santíssimo Sacramento; uma objeção então em voga, por exemplo, partia da ideia que o pão eucarístico nos fora dado não para ser contemplado, mas comido. Ora, tal contraposição, vista à luz da experiência de oração da Igreja, aparece realmente destituída de qualquer fundamento; já Santo Agostinho dissera: « Nemo autem illam carnem manducat, nisi prius adoraverit; (...)peccemus non adorando – ninguém come esta carne, sem antes a adorar; (...) pecaríamos se não a adorássemos » (Enarr. in Ps 98, 9, CCL XXXIX, 1385). De fato, na Eucaristia, o Filho de Deus vem ao nosso encontro e deseja unir-Se conosco; a adoração eucarística é apenas o prolongamento visível da celebração eucarística, a qual, em si mesma, é o maior ato de adoração da Igreja: receber a Eucaristia significa colocar-se em atitude de adoração d'Aquele que comungamos.


Fonte: http://catolicostradicionais.blogspot.com.br

Missas oferecidas em honra à Nossa Senhora como tesouros de graças




Entre os santos personagens que ilustraram o século XVII, muitos nos mostram como podemos unir o culto da Eucaristia à devoção para com a Santíssima Virgem, fazendo-os se auxiliarem mutuamente.

O venerável Cardeal de Bérulle, que mereceu do Papa Urbano VIII o título de Apóstolo do Verbo Encarnado, e cuja predileção por Maria era mais angélica do que humana, e o Padre de Condren, que recebeu, conforme atestam os mais ilustres doutores de seu tempo, luzes sublimes sobre os mistérios, tinham o costume de oferecer a Santa Missa, aos sábados, em
honra da Santíssima Virgem. 

Mons. Olier, o santo fundador de São Sulpício e o reformador do clero na mesma época, imitou-lhes esta piedosa prática; fazia celebrar diariamente três missas, cujos frutos colocava entre as mãos da Santa Virgem, afim de que, oferecendo-os a seu Filho, obtivesse para a Igreja tesouros infinitos de graças.

Houve também um piedoso missionário jesuíta, em Québec, que propôs a São João Eudes, fundador da Congregação que tem o seu nome, um projeto de associação de padres, que se chamariam os Capelães de Nossa Senhora, e que se deveriam unir para oferecer o Santo Sacrifício segundo as intenções desta augusta Rainha do Céu, afim, dizia ele, de que o Filho de Deus se apresentasse ao seu Pai, no estado de Hóstia, pelas mãos puríssimas d'Aquela de quem se servira para descer até nós em se fazendo homem.

(Vida de m. Olier, t. II, passim,).

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Maria — Mãe dos Adoradores da Eucaristia (Parte I)


I.   Se nossa vida não estivesse sob o patrocínio de Nossa Senhora, poderia haver dúvidas quanto à nossa perseverança e salvação. Nossa vocação, que de modo especial nos liga ao serviço do divino Reidos reis, exige terminantemente que recorramos a Maria. No Santíssimo Sacramento Jesus é Rei, e quer a seu serviço servos adestrados e que tenham feito o seu tirocínio; antes de alguém se apresentar ao rei, aprende a servir. Jesus nos deixou sua divina Mãe para ser a Mãe e o Modelo dos adoradores. Segundo a opinião mais aceita, deixou-A vinte e cinco anos na terra para que nos ensinasse a adorá-lO perfeitamente. 

Quão sublime foi esta vida de vinte e cinco anos passados na adoração! Quando se considera o amor que Jesus dedicava a sua Mãe, fica-se admirado de que tenha consentido separar-se d'Ela. Acaso não atingira o seu termo a santidade de Maria? Não tinha sofrido bastante no Calvário, onde padeceu mais do que todas as criaturas?  Sem dúvida; porém os interesses da Eucaristia reclamavam sua presença; Jesus não queria ficar no Santíssimo Sacramento sem a companhia de sua Mãe; não desejava que a primeira hora da adoração eucarística fosse confiada a pobres adoradores, incapazes de adorá-10 dignamente. Os Apóstolos, obrigados a se dedicar à salvação das almas, não dispunham do tempo necessário à adoração eucarística; apesar do amor que os teria retido aos pés do Tabernáculo, a sua missão de apóstolos chamava-os a outros lugares. 

Aos cristãos, semelhantes a criancinhas ainda no berço, era necessário uma boa mãe que os educasse e um modelo que pudessem copiar; e foi a Sua Mãe Santíssima que Jesus Cristo lhes deixou.

Comunhão na mão, é correto?

Não, e jamais será!



Na comunhão recebemos, sob a aparência de pão, mas real, verdadeira e substancialmente o Corpo, Sangue, Alma e Dinvidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, como alimento espiritual de nossa alma.

A Comunhão deve ser recebida apenas pelas mãos sagradas do Sacerdote.

"Por reverência a este sacramento [a Santa Eucaristia], nada o toca a não ser o que é consagrado; por isso o corporal e o cálice são consagrados, e, da mesma forma, as mãos dos sacerdotes para tocar este Sacramento". - São Tomás de Aquino (1225-1274); Suma Teológia, Pars III, Q.82, Art. 3, ad 8)

"O fato de só os padres darem a Santa Comunhão com suas mãos consagradas é uma Tradição Apostólica." - Infalível e Dogmático Concílio de Trento (1545-1565)

"Tocar as espécies sagradas e distribuí-las com suas próprias mãos é um privilégio dos ordenados [sacerdotes]". - Papa João Paulo II; Dominicae Cenae, sec. 11.

A Comunhão recebe-se de joelhos pois é o próprio Filho de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo, ainda achamos pouco?
A Comunhão recebe-se na boca.
O Papa Santo Eutiquiano (275-283) proibiu os fiéis de receberem a Santa Hóstia nas mãos.

6º Concílio Ecumênico em Contantinopla (680-681)Proibiu os fiéis de receberem a Santa Hóstia nas mãos, ameaçando os transgressores com a pena de Excomunhão.

Papa Paulo VI (1963-1978)"Este método [na língua] deve ser mantido." - Carta Apostólica "Memoriale Domini"

Papa João Paulo II (1978-2005)"Não é permitido que os próprios fiéis peguem o Pão Consagrado e o Cálice Sagrado, menos ainda que eles os passem uns para os outros". (Inaestimabile Donum, 17/04/1980, sec. 9)

"O pão que vos hei de dar é a minha carne para vida do mundo". (Jo 5, 52)

"Tomai e comei: isto é o meu corpo, que será entregue por vós; fazei isto em minha memória". (Mt 26 e 2Cor 11)

"Quem come a minha carne e bebe o meu sangue fica em mim e eu nele"(Jo 6, 57)

"As palavras que vos tenho dito são espírito e vida". (Jo 5, 64)

Leia o texto à seguir:

"A Idéia primeira sobre a instituição dos ministros da Eucaristia, veio da Maçonaria, que já estava infiltrada na Igreja com a missão de destruí-la começando de seu interior. Eles chegaram a conclusão que conseguindo que a Sagrada Comunhão fosse distribuida pelos próprios leigos, diminuiriam bastante o valor sacro desse sacramento, tornado assim uma atitude corriqueira, que o valor que Ela contém seria amenizada. Desta forma infiltrados em Conferências Epíscopais, conseguiram de Roma tal tolerância,em permitir o seu uso."

O texto acima foi retirado de um livro onde trata de assuntos relacionados ao tema: "Maçonaria X Igreja Católica". De início, a idéia de leigos entregarem a Santa Comunhão a outros leigos iria diminuir (e muito!) o valor do Sacramento. Depois do batismo e da confirmação, este deve ser um dos sacramentos menos valorizados por parte dos "católicos" que não são tão "praticantes" ou que não dão um merecido valor à Igreja.

Com esta novidade, o que era um momento solene, se tornou algo comum. Como se o momento da comunhão fizesse parte de um "rito qualquer" da Missa. Os leigos não possuem poder nem autoridade nenhuma para distribuirem a Santíssima Eucaristia para outros leigos, isto é uma tarefa única e exclusivamente do sacerdote. Com este desvalorizamento do sacramento, muitas pessoas comungam apenas por comungar, indo contrário ao que diz São Paulo em uma de suas cartas aos Conríntios:

"Por isso, todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Portanto, cada um examine a si mesmo antes de comer deste pão e beber deste cálice,pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação." (1Cor 11, 27-29)


Fonte: http://catolicostradicionais.blogspot.com.br/

Trecho do livro "Milagres da Hóstia Santa" - Milagre Eucarístico ocorrido na Palestina



"Os muçulmanos são pagãos. Não admitem a divindade de Jesus e odeiam os cristãos. Muitas vezes, em seus países, os perseguiram duramente, fazendo elevado número de mártires da fé católica." (ROMANO. Milagres da Hóstia Santa, editora Paulinas, 1956)





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